Analistas estimam que a 3R Petroleum terá a menor geração de fluxo de caixa (FCF) entre as petroleiras juniores nos próximos dois anos
O Goldman Sachs fez um duplo rebaixamento para as ações da 3R Petroleum (RRRP3), de compra para venda, apesar de reconhecer que petrolífera superou vários problemas de execução ao longo deste ano, o que deverá preparar a empresa para uma tendência de crescimento de produção mais consistente no futuro. Já o preço-alvo foi cortado de R$ 38,50 para R$ 31,10, ou queda de 3% frente o último fechamento. Com isso, os papéis fecharam em queda de 4,27%, a R$ 30,73.
No entanto, as revisões de consenso com relação aos lucros até o momento foram consistentemente negativas, possivelmente refletindo entregas aquém do esperado em relação ao relatório de certificação de reservas mais recente (que motivou os cortes de estimativas do banco).
O banco ainda acredita que o foco dos investidores em petróleo permanece na geração de fluxo de caixa (FCF), especialmente a curto prazo, dada a volatilidade macroeconômica global. Nesse contexto, analistas estimam que a 3R terá o menor FCF entre as petroleiras juniores nos próximos dois anos (mesmo sem considerar os pagamentos remanescentes de earn-out de fusões e aquisições de aquisições anteriores já concluídas).
Eles acrescentam que a 3R deve oferecer um rendimento de FCF semelhante (e EV/Ebitda) aos pares até 2026. No entanto, reiteram a crença de que os investidores se concentrarão no curto prazo e o carry provavelmente será negativo nos próximos 2 anos.
A equipe de research do banco também destaca que os fluxos de caixa da 3R estão concentrados no final, o que implica um período de retorno mais longo em comparação com os pares. Além disso, o banco projeta que PRIO (PRIO3) e PetroRecôncavo (RECV3) começarão a acumular FCF a partir de 2024, enquanto a 3R deve começar a acumular FCF positivo somente a partir de 2026.