O pedido de impugnação da candidatura de Lawrence Amorim (PSDB), apresentado pela coligação de Allyson Bezerra (União Brasil), expõe a face mais insana e perseguidora do atual gestor de Mossoró. Franco favorito na disputa, Allyson não quer apenas ser reeleito, mas almeja algo ainda maior: ser o prefeito com a maior votação histórica da cidade. Para isso, ele está disposto a recorrer ao “tapetão”, tentando minar as candidaturas que possam ameaçar seu projeto de poder.
O plano é claro: Allyson quer enfrentar apenas Irmã Ceição (PRTB) e Victor Hugo (UP), candidatos nanicos que não saem do 0% nas pesquisas. Seu desejo é ser reeleito por W.O., sem adversários à altura. Mas por que as candidaturas de Lawrence e Genivan Vale (PL) tiram tanto o sono de Allyson?
A resposta é simples: a disputa de 2024 é importante para os planos de Allyson de se catapultar à candidatura ao governo do estado em 2026. Para isso, ele não hesitou em afastar aliados e partidos que foram fundamentais para sua gestão. O PL, por exemplo, trouxe a maior obra de mobilidade urbana em Mossoró, o Anel Viário, com mais de 50 milhões de reais enviados ainda durante o governo Bolsonaro. Outro exemplo é Lawrence Amorim, que foi apoiado por Allyson como vereador, presidente da Câmara, e candidato a deputado federal em 2022. Agora, Allyson tenta desqualificá-lo, alegando uma suposta inelegibilidade baseada em reprovação de contas pelo TCU, relativas a um mandato de mais de 10 anos atrás.
O favoritismo nas pesquisas não é suficiente para Allyson, que mostra uma fome insaciável de poder. Seu afastamento dos aliados no cenário estadual revela a ambição desmedida: ele acredita que o Rio Grande do Norte lhe deve a cadeira de governador. Mas, talvez, o “pobre riquinho” esteja indo rápido demais em sua escalada de poder. Mossoró e o RN merecem uma disputa justa, não um jogo de cartas marcadas.