O Brasil ocupou a oitava colocação em 2023 entre os maiores produtores mundiais de petróleo. O ranking é liderado pelos EUA, com 12,9 milhões. Em seguida, aparece a Rússia, que extraiu uma média diária de 10,6 milhões de barris no ano passado. A Arábia Saudita surge em terceiro com produção de 9,6 milhões.
A projeção mostra uma curva ascendente de extração de petróleo e gás no Brasil nos próximos cinco anos e meio. A Empresa Brasileira de Energia (EPE) coloca essa produção em 5,3 milhões de barris de petróleo para 2030. Ou seja, um avanço de 56% no período se comparado a abril deste ano, quando a extração alcançou 3,4 milhões de barris diários.
Com um volume de 5,3 milhões por dia, o Brasil disputaria a quarta posição ombro a ombro, ou poço a poço, com o Canadá – que hoje produz 4,9 milhões de barris diários, e, pelos cálculos da Agência Internacional de Energia (IEA), alcançará os mesmos 5,3 milhões.
A Margem Equatorial
Mas nessa conta ainda falta entrar uma potencial fonte de petróleo extra, a chamada Margem Equatorial. Trata-se de uma nova fronteira para extração em águas profundas, localizada entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. Há projeções, como a do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), que acrescentam mais 1,1 milhão de barris na cota de produção nacional até 2029 com a operação nessa área.
Isso significa que a extração de óleo brasileira poderia subir para 6,4 milhões de barris por dia nos próximos cinco anos. Tal volume consolidaria o país entre os quatro maiores do mundo.
As reservas da Margem Equatorial têm potencial para superar 30 bilhões de barris recuperáveis nas estimativas do setor. Hoje o Brasil conta com um volume de 15 bilhões de barris em reservas provadas, ou seja, validadas como viáveis comercialmente.