Depois de quase nove anos à frente da Paróquia de Santa Luzia, o padre Flávio Augusto Forte Melo está concluindo essa missão. O religioso deixa o cargo para assumir a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Pau dos Ferros, cidade do Alto Oeste do Rio Grande do Norte.
O anúncio foi feito neste domingo, 17, pelo bispo dom Francisco de Sales durante a celebração em Ação de Graças de 90 anos da Paróquia de Santa Luzia, que será completados nesta segunda-feira, 18.
Dom Francisco oficializou a transferência de dezesseis de padres, dentre eles, Antoniel Alves, que sai da paróquia de Encanto para assumir a Paróquia de Santa Luzia de Mossoró. Ele também assumirá a função de moderador da Cúria Diocesana.
As mudanças fazem parte de uma reconfiguração pastoral, liderada por Dom Francisco. As posses ocorrerão a partir do fim do próximo mês de dezembro.
Currículo
Padre Flávio Augusto era o pároco da Catedral de Santa Luzia desde o dia 10 de janeiro de 2016, quando foi empossado para suceder o padre italiano Walter Collini. A missa de posse, naquele dia, foi presidida pelo sexto bispo de Mossoró dom Mariano Manzana.
Nascido em Severiano Melo, no dia 9 de maio de 1969, Flávio Augusto nunca teve dúvida de que caminho seguiria na vida: ser padre. Realiza-se no sacerdócio.
Graduado em Filosofia, Teologia e História, com mestrado pela Pontifícia Universidade Gregoriana, padre Flávio tem 30 anos de ordenação sacerdotal.
O anúncio da saída do padre Flávio da Paróquia de Santa Luzia pegou os fiéis de surpresa e muitos que estavam na missa da Catedral não contiveram as lágrimas, dada a relação afeita e de respeito com o religioso.
Padre Flávio comandará a sua última edição da Festa de Santa Luzia, o maior evento religioso do interior do RN, que acontece entre os dias 1º a 13 de dezembro.
A sua relação com a fé e devoção foi um dos temas abordados por ele no “Cafezinho com César Santos” do dia 18 de julho de 2019, quando estava celebrado 25 anos de vida sacerdotal. Em um dos trechos, Padre Flávio sobre o seu tempo na Igreja Católica:
Os anos somos nós que convencionamos, né? Mas são datas redondas que ajudam a olhar o percurso e tentar realmente não olhar somente o passado com saudade, mas acho que neste momento precisamos ressignificar as coisas, a partir de um novo contexto, porque uma coisa é ser padre há 25 anos, um menino nascido em Severiano Melo, sem ideia do que era o mundo, só com uma ideia de que queria ser padre; outra coisa é você hoje, nesse contexto atual, tentar realmente descobrir, após 25 anos, o que me motiva e que tipo de padre eu devo ser para corresponder de fato, compreendendo que é uma vocação, um chamado de Deus, mas você tem que responder ao desejo do povo.
Então, como fazer esse equilíbrio?
Para mim, é uma data que, mais do que comemorar, é uma data de refazer o próprio caminho, no sentido de que se a gente não estiver constantemente fazendo isso, você corre o risco de ver os outros passar com muita rapidez e você ficar preso no tempo e no espaço, por isso acho que aquilo que funcionava há 25 anos, hoje é bem provável que não funcione. Algumas coisas no ministério do padre, por enquanto, permanecem.
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Padre Flávio deixa a Catedral de Santa Luzia e vai para Paróquia de Pau dos Ferros
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