Lixo, lama, buracos, ruas inteiras destruídas formam o cenário do caos na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. Os problemas são registrados e denunciado por moradores de todos os bairros, principalmente os mais distante do centro da cidade
Coluna César Santos / Jornal de Fato/Foto de fato
No bairro Bela Vista, zona oeste de Mossoró, é quase impossível trafegar. Buracos e lama em ruas sem mínima estrutura. Os moradores reclamam todos os dias, publicam fotos nas redes sociais, denunciam, mas nada acontece.
Na Nova Mossoró, à margem direita da BR-304, saída para Fortaleza/CE, o cenário é ainda pior. Os carros caem no buraco ao tentar se livrar de outro. Por lá, terra arrasada. Nada ou quase nada funciona.
No conjunto Vingt Rosado, zona leste, conforme denunciado pela coluna, os moradores são obrigados a conviver com o lixo acumulado, ruas esburacadas, lama e logradouros destruídos. A praça de esporte e lazer reflete o cenário da destruição. Equipamentos quebrados, pisos esburacados, lixo acumulado, mato e água empoçada.
Ainda no conjunto Vingt Rosado, os moradores pedem a reabertura da Unidade Básica de Saúde (UBS) “Dr. Aguinaldo Pereira”, que está fechada para obras há meses, deixando a população sem assistência à saúde.
No conjunto Abolição I, zona oeste, o lixo está acumulado em via pública. Reportagem do Jornal de Fato, publicada nesta quarta-feira, 19, mostrou, com fotos, a sujeira espalhada nas ruas. A denúncia partiu dos próprios moradores.
A Avenida Lauro Monte Filho, saída que dá acesso aos conjuntos da zona oeste, o matagal ocupou os canteiros. É praticamente impossível utilizar a área. Moradores da região registram o abandono em fotos.
Nos bairros Alto do Xerém, Lagoa do Mato, Belo Horizonte e Carnaubal, as ruas estão em péssimas condições com repetição de problemas como buracos, lixo e lama. O líder comunitário Otávio Lopes registra tudo e joga nas redes sociais na esperança de provocar as autoridades públicas.
Essa é a Mossoró que temos hoje. Uma cidade mal cuidada, sem os serviços básicos funcionando e os problemas se acumulando. Saúde, educação e infraestrutura jogados às traças. O sentimento da população é que não existe gestão ou, se existe, não tem competência para cuidar de uma cidade do porte de Mossoró.
Pois bem.
O prefeito Allyson Bezerra gastou todo o dinheiro que ele encontrou nos cofres públicos quando assumiu a Prefeitura em janeiro de 2021. Quase 200 milhões de reais do Finisa e de emendas parlamentares do ex-deputado federal Beto Rosado.
O que chama a atenção, e os órgãos de controle da coisa pública precisam ficar atentos, é que obras carimbadas do Finisa estão paralisadas, como é o caso da praça de esporte do conjunto Santa Delmira. Um montante de mais de R$ 2 milhões que precisa ser esclarecido.
Como não tem mais o dinheiro do Finisa e das emendas de Beto, o prefeito corre atrás de um empréstimo de R$ 200 milhões junto à Caixa Econômica Federal e está disposto a aceitar juros anuais de 135,27%. Se o contrato for assinado, o município vai pagar só de juros 185 milhões, quase o mesmo valor do empréstimo, e a conta saltará para mais de 385 milhões de reais.
Allyson quer esse dinheiro, pois sabe que sem dinheiro novo a sua gestão, ou a falta dela, vai ruir até acabar. Então, para o prefeito, pouco importa se o empréstimo vai quebrar a Prefeitura.
Ele está pensando só nele.