Os últimos dias não estão sendo fáceis para o prefeito de Mossoró, Alysson Bezerra. Emparedado entre escândalos no seu secretariado, incluindo de um dos seus nomes mais próximos, o advogado Kadson Eduardo e rachas considerados primordiais no seu intento de ser reeleito nas próximas eleições, como no recente embate com o presidente da Câmara, Lawrence Amorim, Alysson agora se vê pressionado por um dos seus principais “patrocinadores” para emplacar o seu vice na chapa a disputar o pleito 2024.
Empresário do setor da saúde, influente e com poder de decisão, fontes seguras vazaram a informação de que Alysson foi colocado contra a parede para anunciar o nome do secretário de infraestrutura Miguel Rogério para compartilhar a cabeça de chapa com o prefeito, em detrimento do nome do advogado e presidente do Partido Social Democrático (PSD) em Mossoró, Paulo Linhares.
A verdade é que Miguel é figura sem qualquer expressão política, desconhecido do eleitor e que em nada agregaria para Alysson. Paulo, apesar de sua importância no meio jurídico, também somaria quase nada. Não tem popularidade, o que contrastaria com o modo espalhafatoso e circense do gestor.
Na soma dos últimos meses, Alysson tem juntado pra si somente desavenças significativas, como o rompimento com o senador Rogério Marinho, homem forte do PL no Estado e vários focos de incêndio para apagar, como os casos Kadson, Thiago Bento, demissões apressadas de servidores comissionados contratados sob suspeitas de nepotismo e dupla função, denúncia de superfaturamentos, contratação de empresas fantasmas e por aí vai… tudo isto a pouco mais de quatro meses das eleições. E vem mais coisa pela frente. É só esperar.