Gerciane Oliveira sempre teve o desejo de amamentar exclusivamente, mas no decorrer do tempo descobriu ter que fazer amamentação mista, durante quarto mês teve essa experiência e depois voltou a amamentar exclusivamente. O aleitamento misto é quando o bebê é alimentado tanto com leite materno quanto com leite artificial.
Quando sai com Rafinha da pediatra com a prescrição de fórmula me senti desolada. Minha bebê não estava ganhando o peso esperado mesmo com a complementação das ordenhas. Era necessário intervir.
Acompanhada por consultora, segui a amamentação mista embalada pelo mantra diário do “cada gota importa”. Quando as coisas pareciam se acomodar surgiu um abcesso no seio direito, resultado de uma mastite. Tive que operar.
Confesso que a vontade foi de chutar o balde de vez e nesse ponto eu me identifiquei com quem buscava outras alternativas. Amamentar não é puramente um ato de fé ou um processo automático do seu corpo. Pra algumas sortudas pode ser, mas para maioria das mortais não. Rezei a Nossa Senhora do Leite (até então nem sabia que existia). Insisti. Por não me conformar e ter como buscar ajuda. Reconheço meu privilégio. Tive uma rede de apoio preciosa de amigos, familiares e profissionais. Por indicação da minha doula Hildita, cheguei a pediatra Marina Mendes que de forma sensível acolheu minha busca por respostas.
Pelos exames foi identificada uma disfunção de tireoide, em parte seria possível explicar a baixa produção. Iniciei um protocolo de aumento de leite com chás, acupuntura, medicação, ordenhas e extratos, sob orientação de Pediatra e Consultora. O resultado veio além do desejado. Reduzindo gradualmente a fórmula conseguimos reestabelecer a amamentação exclusiva aos 4 meses. Hoje Rafinha está pertinho de fazer um ano. Com Introdução Alimentar em andamento o peito ainda é o principal alimento. Esperando seguir até quando for bom pra ambas.