O assédio moral está cada vez mais forte na estrutura da prefeitura de Mossoró. Vereadores da oposição levantaram esse debate na Câmara Municipal de Mossoró na sessão ordinária de terça-feira, 04, para repercutir denuncias que estão sendo feitas por servidores da Prefeitura de Mossoró. Segundo Marleide Cunha (PT), são muitos e quase diários os casos denunciados por trabalhadores mossoroenses ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM).
Segundo a parlamentar, hoje existe perseguição e prática de assédio moral nas secretarias de trânsito, saúde e tributação do município. No entendimento da veadora, independente da instância que ocorra, a perseguição no serviço público precisa ser combatida. “Se não for combatida, essa é uma ferida que vai se abrindo e fere a vida de muitas pessoas”. Recentemente tem ocupado espaço nas redes sociais denúncias falando na existência de assédio moral na Secretaria de Trânsito da Prefeitura de Mossoró. Apesar da divulgação, o assédio moral em Mossoró não é específico desta pasta, pois vem acontecendo em diferentes secretarias, citando a Saúde, Trânsito e Tributação.
Independente da instância que ocorra, a perseguição no serviço público precisa ser combatida. “Se não for combatida, essa é uma ferida que vai se abrindo e fere a vida de muitas pessoas”, sentenciou Marleide. Recentemente tem ocupado espaço nas redes sociais denúncias falando na existência de assédio moral na Secretaria de Trânsito da Prefeitura de Mossoró. De acordo com a vereadora, apesar da divulgação, o assédio moral em Mossoró não é específico desta pasta, pois vem acontecendo em diferentes secretarias, citando a Saúde, Trânsito e Tributação.
Nas secretarias existem diretores que se negam a receber atestado médico que é lei. “E o pior, o diretor ainda diz que vai pensar se coloca falta ou não. Não pode ser assim, é lei que garante esse direito ao servidor de, quando preciso, usar o atestado médico”, lembra Marleide. De acordo com as denúncias, também existe diretor mudando escala de trabalho apenas para isolar o servidor de seus colegas. E quando alguém pergunta o motivo a resposta é: “Mudei e está mudado”. Entende a vereadora que isso não é resposta e, de acordo com a lei, o ato tem que ser motivado.
Outro problema é com a prática deliberada do desvio de função, ação também coordenada por diretores. Mais uma vez, um ato ilegal que tem como único objetivo isolar o servidor de sua rotina de trabalho. “Tem diretor ameaçando tirar da UBS uma enfermeira competente por não gostar da linguagem dela com os colegas. Não podemos ignorar o problema, pois ele vem prejudicando o serviço público”, reforçou Marleide. Ela também cita que o assédio moral é muito difícil de ser provado por conta do medo. Medo de quem denunciar ser a próxima vítima.
Ainda na Câmara, o vereador Professor Francisco Carlos (PP), também denunciou a perseguição política que dezenas de servidores concursados da Prefeitura de Mossoró vem sofrendo no dia a dia de trabalho, nesta terça-feira (03), na Câmara Municipal de Mossoró. O parlamentar informou que foi procurado por servidores das áreas de Educação, Saúde, Trânsito, Infraestrutura e Desenvolvimento Social que relataram perseguição.
Francisco Carlos explicou, na sessão, que é funcionário público municipal há quase 32 anos e nunca viu tamanha perseguição política como a que ocorre atualmente na gestão municipal. “A gestão municipal está procurando identificar quem colaborou, como servidor efetivo, em gestões anteriores para tirar dos seus postos de trabalho e substituir, em alguns casos, por outros não efetivos. Sou funcionário público e nunca vi o que está acontecendo na Prefeitura de Mossoró como ocorre neste momento.”, disse o Professor.
As perseguições mais relatadas ao parlamentar foram desmobilização de equipes, transferências de locais de trabalho sem explicação e justificativa, corte de gratificações, vigilância excessiva durante trabalho, substituições de funções ocupadas por servidores efetivos por comissionados, além de assédio na relação de gestores com os servidores.
Em tom franco, Francisco Carlos classificou o que vem ocorrendo na Prefeitura de Mossoró como “expurgo político” e que não vai ficar calado diante de uma situação como essa. “Desde janeiro que estamos na Câmara Municipal e redes sociais denunciando as perseguições políticas. O que se está fazendo na Prefeitura de Mossoró hoje é uma tentativa de expurgo político. Isso é muito grave. Os servidores pedem para não serem identificados porque tem medo do que pode acontecer. Precisamos dar voz a essas pessoas que não tem voz.”, afirmou.
Assédio Moral
É a exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas. Geralmente, tal expressão se refere a atos ocorridos durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções