Luc Montagnier não deu tal declaração. O próprio veículo que divulgou a entrevista fez um desmentido sobre o caso.
Circula pelas redes sociais uma mensagem que diz que o prêmio Nobel Luc Montagnier disse em entrevista que todas as pessoas vacinadas morrerão dentro de dois anos. É #FAKE.
Montagnier, de fato, deu uma entrevista polêmica com premissas falsas como a de que a vacinação em massa cria variantes e agrava a pandemia. Porém, em nenhum momento ele afirmou que todos os imunizados morrerão nos próximos dois anos.
O próprio veículo que divulgou a entrevista afirma que Montagnier não disse tal frase. E ela não consta realmente do material que foi ao ar.
“Ativistas de mídia social estão espalhando um boato cruel de que o Prêmio Nobel afirmou que aqueles que tomam a vacina contra o coronavírus estarão mortos em dois anos. A deturpação total da declaração do prof. Montagnier veio depois que ele revelou que a vacina contra o coronavírus está ‘criando variantes’. Não está claro se o boato foi iniciado como uma tentativa cínica de desacreditar o prof. Montagnier ou se foi feito para enfatizar o perigo da vacina. De qualquer forma, o Prêmio Nobel não disse tal coisa”, diz a publicação.
Na entrevista Montagnier afirma que a vacinação em massa é um erro inaceitável que criará novas variantes e ocasionará mais mortes, que as novas variantes são resultado da vacinação, que as mortes em cada país acompanham a vacinação e que há uma relação entre a introdução da vacinação em janeiro e a explosão de novas infecções.
Ganhador do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 pela codescoberta do vírus da Aids, Luc Montagnier goza de prestígio suficiente para que suas declarações – sem nenhum amparo na ciência – tenham sido alvo de checagens por agências em todo o mundo. Todas concluíram que as premissas são completamente falsas.
As agências, por outro lado, como a India Today e a The Quint, também publicaram o desmentido acerca da frase jamais dita por ele.