Diante das críticas direcionadas ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, é preciso recolocar o debate no campo dos fatos concretos, dos números e das ações efetivas. A saúde pública é um sistema complexo, com desafios históricos em todo o país, mas não pode ser analisada a partir de narrativas descoladas da realidade dos investimentos que vêm sendo realizados.
Somente em Mossoró, o Governo do RN investiu mais de R$ 14 milhões na reestruturação da rede estadual de saúde, com obras, ampliação de serviços, abertura de leitos e fortalecimento da assistência hospitalar em toda a região Oeste potiguar.
Hospital Regional Tarcísio Maia
A principal unidade de urgência e emergência do Oeste passa pela primeira grande reforma de seus 39 anos de existência, com investimento superior a R$ 10,3 milhões. As obras incluem ampliação e requalificação de setores essenciais, como pediatria, lavanderia e necrotério, garantindo melhores condições de atendimento à população e de trabalho aos profissionais de saúde. Quase todas as espadas já estão prontas.
Hospital da Mulher Parteira Maria Correia
O Hospital da Mulher se consolidou como referência regional. Desde o final de agosto, já realizou 405 partos, atendendo a demanda de toda a região Oeste.
A unidade passou a contar com 10 novos leitos de UTI adulto feminino, além de outros seis leitos clínicos, chegando a 63 leitos em funcionamento.
Para reforçar a assistência, o Governo do Estado convocou mais de 70 profissionais concursados, entre eles 17 médicos ginecologistas e obstetras, fortalecendo o quadro de trabalhadores da unidade. Também foi anunciado o início das cirurgias eletivas, ampliando ainda mais o alcance dos serviços.
Ampliação dos leitos de UTI
Entre 2019 e 2025, o Rio Grande do Norte promoveu uma das maiores expansões de leitos de UTI da sua história. O número de leitos de UTI adulto saltou de 98 para 220, um aumento de 124%, fruto de um planejamento estratégico iniciado ainda durante a pandemia da Covid-19, com foco na interiorização e descentralização da assistência.
Em Mossoró, a realidade mudou de forma significativa: a cidade passou de apenas 9 leitos de UTI para mais de 49, desafogando a rede e ampliando a capacidade de atendimento regional.
Hospital da PM e rede de retaguarda
O Hospital da Polícia Militar em Mossoró foi reaberto como retaguarda clínico-cirúrgica do Tarcísio Maia, ajudando a desafogar especialmente a ortopedia. A unidade recebeu dois novos arcos cirúrgicos, fortalecendo a estrutura de apoio hospitalar.
Hospital Rafael Fernandes e Hospital de Apodi
O Hospital Rafael Fernandes passou por melhorias estruturais e abertura de 10 leitos de UTI.
Já o Hospital Regional Hélio Moraes Marinho, em Apodi, recebeu recuperação física, novos equipamentos, implantação de centro de imagem, integração ao programa de cirurgias eletivas e à linha de cuidado do infarto, ampliando o atendimento especializado no interior.
Laboratório Regional de Mossoró
Outro investimento estratégico foi a reforma completa do Laboratório Regional de Mossoró (Larem), com aporte de R$ 1,7 milhão. A unidade, que nunca havia passado por melhorias desde sua criação, atende hoje 27 municípios do Oeste e do Vale do Açu, realizando cerca de 4,5 mil exames por mês, incluindo microbiologia, imunologia, virologia e análises da qualidade da água.
Os desafios da saúde pública existem e precisam ser enfrentados com seriedade, planejamento e investimento contínuo. Mas os dados mostram que há uma política clara de fortalecimento da rede estadual, com ampliação de leitos, modernização de unidades e interiorização dos serviços.
Expansão do SAMU
Até março de 2026, o Rio Grande do Norte alcançará cobertura total do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), resultado de uma política de expansão construída em parceria entre Governo do Estado, prefeituras e Governo Federal. O primeiro passo foi dado com a entrega de cinco novas ambulâncias e a incorporação de 22 municípios do Oeste e Alto Oeste à área de atendimento do SAMU RN, beneficiando cidades como Apodi, Areia Branca, Caraúbas, Baraúna, Tibau, Upanema, São Miguel, Riacho da Cruz e Felipe Guerra, entre outras. A ampliação é viabilizada por um novo modelo de financiamento pactuado entre Estado e municípios, além do envio de 25 ambulâncias pelo Ministério da Saúde em 2025, das quais 15 estão destinadas à expansão do serviço. Na região, passam a operar UTIs móveis em Areia Branca, Apodi e Caraúbas, além de unidades de suporte básico em Grossos e São Miguel, acompanhadas da abertura de novas bases e da capacitação de 65 profissionais de saúde, garantindo atendimento qualificado, redução do tempo-resposta e fortalecimento da rede de urgência e emergência no interior do estado.
Os desafios da saúde pública existem e precisam ser enfrentados com seriedade, planejamento e investimento contínuo. Mas os dados mostram que há uma política clara de fortalecimento da rede estadual, com ampliação de leitos, modernização de unidades e interiorização dos serviços.
Reduzir esse debate a ataques ideológicos ou ignorar os investimentos realizados não contribui para salvar vidas nem para aprimorar o sistema. A crítica é legítima em uma democracia, mas ela precisa estar sustentada em fatos e os fatos mostram que o Governo do Estado tem feito investimentos estruturantes na saúde do Rio Grande do Norte, especialmente em Mossoró e na região Oeste.