A nova tentativa da Prefeitura de Mossoró de viabilizar a concessão para reconstrução do Estádio Nogueirão, terminou novamente sem sucesso. O segundo edital publicado pelo município encerrou o prazo para envio de propostas na manhã desta sexta-feira
Por Marcos Santos / Jornal de Fato
A nova tentativa da Prefeitura de Mossoró de viabilizar a concessão para reconstrução do Estádio Nogueirão, terminou novamente sem sucesso. O segundo edital publicado pelo município encerrou o prazo para envio de propostas na manhã desta sexta-feira, 12, mas nenhuma empresa ou consórcio apresentou interesse. Assim como ocorreu em julho deste ano, o processo foi declarado deserto.
Enquanto isso, o estádio segue interditado desde 7 de fevereiro de 2024 por falta de adequações de acessibilidade em flagrante de descaso da gestão. O gramado sumiu e a estrutura apresenta sinais visíveis de abandono total. São quase 700 dias sem receber jogos oficiais, algo nunca visto antes na história de quase seis décadas do estádio.
Desde que anunciou a municipalização do Nogueirão, em 2021, o prefeito Allyson Bezerra tem utilizado as redes sociais para divulgar vídeos e promessas sobre a reconstrução do estádio. Contudo, após cinco anos, nenhuma medida prática resultou em avanços concretos na infraestrutura ou na reabertura do equipamento esportivo.
A falta de resultados acumulados desencadeou uma série de protestos por parte de torcedores e representantes do futebol mossoroense neste ano. Manifestações ocorreram tanto em frente ao Nogueirão quanto durante jogos de Potiguar e Baraúnas realizados em Natal, onde foram exibidas faixas com críticas ao gestor, incluindo frases como “Coveiro do Nogueirão”, “Prefeito Allyson, o fim do futebol mossoroense tem suas digitais”, “Respeite a história” e “Oscar de coveiro do esporte vai para: Allyson Bezerra”.
As mensagens expressavam a insatisfação da comunidade esportiva diante da ausência de avanços no processo de recuperação do estádio.
Os clubes da cidade têm sido os principais prejudicados pelo prolongado fechamento do equipamento, tendo que atuar distante de suas torcidas e arcando com custos adicionais de logística e operação. Além dos danos financeiros, a situação afeta diretamente o desempenho esportivo e a organização interna das agremiações, que afirmam não contar com apoio nenhum ou compensações do poder público.