César Santos/defato.com
O prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) poderia ter evitado a briga com os servidores públicos municipais de Mossoró. O Projeto de Lei Complementar 17/2023 é dispensável. Já deveria ter desistido da ideia de aprová-lo. Mas, ele insiste, quer mostrar que é poderoso, que manda na cidade, que pode tudo. Só que as consequências podem ser danosas.
Há uma reação em cadeia nesse momento. Entidades organizadas, que antes tinham simpatia pelo prefeito, reagiram mal aos ataques que ele está fazendo aos servidores. É o caso do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação de Terceiro Grau (Sintest/RN) – seção da UFERSA – da qual o prefeito foi presidente no passado recente.
A entidade emitiu nota de repúdio ao ex-sindicalista, hoje prefeito, pela falta de diálogo com os sindicatos que representam os servidores municipais. A nota manifesta solidariedade aos representantes dos trabalhadores e lembra que Allyson iniciou a carreira na presidência da entidade.
“A Seção Sindical – SINTEST- UFERSA, vem a público manifestar sua solidariedade aos (às) servidores (as) municipais de Mossoró pelas sucessivas tentativas de retiradas de direitos historicamente conquistados empreendidas pela gestão do prefeito Allyson Bezerra ao mesmo tempo em que repudia a postura do atual prefeito de Mossoró, que ganhou notabilidade e projeção política à frente desta seção sindical, por sua falta de diálogo com trabalhadores e trabalhadoras do município”, afirma a nota, para seguir:
“Como base no apelo expresso num dos textos fundantes das lutas por relações de trabalho mais justas, trabalhadores (as) associados (as) a esta base sindical se unem aos (às) trabalhadores (as) do Sindiserpum, Sindssam, Sindguardas e Sindatran na defesa de direitos conquistados, a fim de que sejam preservados.”
Outras entidades também emitiram nota de repúdio à tentativa de ataque aos direitos dos servidores, como Aduern, Sinte-RN, Sindsaúde-RN, entre outros.
Mas, o prefeito não pretende desistir. Ele havia prometido revanche desde que os servidores públicos criaram o boneco “Judallyson”, vestido de judas e com nariz de Pinóquio, e agora usa o PLC 17 de arma para “sangrar” os direitos adquiridos das categorias.