Você sabia que 49 segmentos industriais dependem dos subprodutos bovinos comestíveis e não comestíveis?
Alguns rendem uma fortuna se bem comercializados pelos abatedouros.
A bílis, usada em produtos farmacêuticos para problemas digestivos e cálculo biliar é vendida, seca, para países do Oriente.
Do intestino, produzem-se fios usados em cirurgias.
O sebo, que serve para produção de velas, de sabão e de sabonetes perfumados, tem mercado bastante concorrido.
Esses são alguns exemplos que mostram que os abatedouros são “minas” de fazer dinheiro.
O AFIM, de Mossoró, não é exceção.
Daí, como se trata de empresa pública, a obrigação de prestar contas com a sociedade.
É sobre isso que o ex-presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim (PSDB), provocou o ex-diretor presidente do AFIM, vereador Alex do Frango (União), a prestar contas do que ele fez com os subprodutos não comestíveis dos bois abatidos durante a sua gestão.
Até aqui, Frango não respondeu. O silêncio, talvez, e provavelmente, seja estratégico para o assunto cair no esquecimento.
E isso não é bom, afinal, estamos falando sobre transparência e zelo pelo bem público. Nesse caso, o silêncio é comprometedor.
Por gravidade, o Ministério Público deve se sentir provocado para investigar a temporada de Frango no AFIM.
É o mínimo.
Coluna /César Santos/ defato.com
