O Pingo da Mei Dia é um sucesso sem contestação. Está consolidado como o maior comboio junino do país. A edição de sábado, 3, que abriu oficialmente o Mossoró Cidade Junina 2023, foi grandioso e comprovou tudo que já foi dito e visto de forma positiva. Isso não significa dizer, porém, que em alguns aspectos não haja margem para aprimorar.
Um dos pontos é o funcionamento dos camarotes privados. De logo, deve ser dito: os camarotes são importantes, são parte do sucesso do evento e devem ser ampliados. Agora, é preciso repensar o espaço que essas estruturas devem ocupar. Há uma opinião, da maioria, e a coluna compartilha e apoia, que os camarotes não podem continuar ocupando quase a totalidade das calçadas do Corredor Cultural ao longo da Avenida Rio Branco.
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, precisa repensar a estrutura dos camarotes, como forma de ampliá-los sem prejudicar os espaços populares. Uma dica é aumentar o percurso do Pingo da Mei Dia. Não pode mais continuar ocupando apenas dois quarteirões da avenida, que compreendem as ruas Felipe Camarão/Frei Miguelinho e Frei Miguelinho/Augusto Severo.
Aliás, chamou a atenção a propaganda oficial da Prefeitura dando conta que 210 mil pessoas curtiram o Pingo da Mei Dia 2023, mais do que o dobro das 100 mil pessoas de 2022, como foi noticiado à época por toda a imprensa. Como é que aumentou em mais de 100% o número de pessoas se o percurso foi o mesmo, mas os espaços foram encolhidos pela ampliação do número de camarotes?
Bom, mas isso é outro detalhe.
O que se deve levar em conta, agora, é discutir um novo formato para os camarotes a partir da edição 2024, com objetivo de ampliar a participação privada, que é importantíssima, mas sem reduzir os espaços do povo. É perfeitamente possível. Que a gestão municipal receba as críticas construtivas e aprimore esse ponto primordial do Pingo da Mei Dia.
César Santos/ defato.com
PINGO TEM QUE SER DE TODOS
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