Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a Câmara Municipal de Martins foi palco de um episódio que expõe, mais uma vez, a tentativa de silenciamento das vozes femininas na política. A vereadora Helena, da bancada da situação, foi impedida de falar pelo presidente da Casa, Fulgêncio Teixeira, que pertence à oposição. O vereador não apenas tentou calá-la, mas agiu com agressividade, proferindo inverdades contra sua colega parlamentar.
Em um ato que escancara o abuso de autoridade, o presidente da Câmara negou à vereadora o direito de resposta, impedindo que ela pudesse se defender das falsas acusações feitas em plenário. O tom de voz elevado e a recusa ao direito de fala mostram não apenas a postura autoritária do vereador, mas também a forma como a oposição em Martins tem se comportado: não para defender os interesses da população, mas para praticar politicagem e atacar quem pensa diferente.E, em Martins, isso ficou mais evidente quando a voz de uma representante eleita pelo povo foi abafada dentro da própria Câmara Municipal.
A ironia é que, no dia de hoje, o mesmo vereador que agiu de forma desrespeitosa contra uma mulher deve estar distribuindo homenagens vazias pelo Dia da Mulher, tentando passar uma imagem que não condiz com suas atitudes. O respeito às mulheres não se mede por discursos prontos ou postagens em redes sociais, mas por atitudes reais, e esse episódio escancara a contradição entre o que se diz e o que se faz.
Fica a pergunta: até quando as mulheres continuarão sendo silenciadas, desrespeitadas e impedidas de se defender, especialmente dentro de espaços que deveriam ser democráticos?
