Fragmentos de óleo encontrados em praias de nove cidades de Pernambuco geraram um alerta, dado os riscos ambientais que esse tipo de material representa ao ecossistema marinho e à população. Os primeiros registros ocorreram na última sexta-feira (26) na orla de Ipojuca, Região Metropolitana do Recife, e o material foi recolhido pela Agência Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH) e Capitania dos Portos para análise. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) do Rio Grande do Norte, já estão sendo realizados monitoramentos geoespaciais no estado face a possibilidade de chegada dos fragmentos no estado pelas correntes marinhas.
No sábado (27), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semas) de Pernambuco deu início ao monitoramento local e, no domingo (28), verificou a chegada de fragmentos do material ao litoral da Paraíba. O Ibama-RN informou que o monitoramento realizado pelo órgão na região potiguar ainda é precoce, mas já foram recolhidas amostras do fragmento de óleo que apareceram nos dois estados atingidos. No momento, elas estão em análise e o resultado deve ser concluído em relatório até o fim desta semana.
De acordo com o Ibama-RN, o importante no momento é compreender do que se trata a substância recolhida, a fim de verificar se ela pode ou não significar uma emergência ambiental. A investigação do material está sendo realizada pela equipe do Instituto. Já no litoral de Pernambuco, a Semas local conta com o auxílio do Ibama e da Marinha do Brasil. No boletim de domingo (28), foram encontrados fragmentos nos municípios de Serinhaém, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Recife, Olinda, Paulista, Igarassu, Itamaracá e Goiana.
Relembre o caso de 2019
Em 2019, 130 municípios distribuídos nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil foram atingidos por manchas de óleo. Em 2020, o vazamento de petróleo a uma distância de cerca de 700 quilômetros da costa brasileira foi verificado por um inquérito preliminar. A investigação confirmou que o óleo era de origem venezuelana, mas isso não implica que tenha sido lançado por navios ou empresas do país. Ainda em 2020, a Marinha do Brasil concluiu a investigação sem apontar os responsáveis pelo desastre. Ambientalistas, no entanto, apontam que os fragmentos de óleo recentemente encontrados em Pernambuco são diferentes do material recolhido no caso de 2019.
fonte Tribuna do Norte