Ao Metrópoles, o senador do RN disse que a doação foi feita “observando todos os procedimentos legais”
Ao Metrópoles, o senador do RN disse que a doação foi feita “observando todos os procedimentos legais”
por: Foto do autor Daniela Freire
O portal Metrópoles divulgou uma informação no mínimo embaraçosa para o senador Rogério Marinho em meio ao escândalo do roubo dos aposentados.
A matéria, publicada nesta segunda-feira, aponta que um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF) que prendeu o lobista Careca do INSS e o empresário Maurício Camisotti, na última sexta-feira (12/9), o advogado Nelson Wilians, doou R$ 10 mil para a campanha de 2018 do parlamentar potiguar e líder do PL no Senado.
Como se sabe, Rogério foi secretário Especial da Previdência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e é um dos integrantes da CPMI do INSS, que investiga a farra dos descontos indevidos sobre aposentadorias.
Já Nelson Wilians é investigado pela PF por suspeita de lavagem de dinheiro para Maurício Camisotti, empresário apontado como beneficiário final de três entidades investigadas por fraudar filiações de aposentados para aplicar descontos. Ele foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF, no âmbito da Operação Cambota, segunda fase da Operação Sem Desconto.
“Ao todo, sete políticos receberam doações de Wilians desde 2014 — Rogério Marinho é o único entre os membros, titulares e suplentes, da CPMI do INSS”, diz a reportagem.
Ao Metrópoles, o senador do RN disse que a doação foi feita “observando todos os procedimentos legais” e “não tem condão de interferir em sua atuação como parlamentar”.
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Já se comprovou que Rogério Marinho, Sérgio Moro e até Paulo Guedes sabiam dos roubos aos aposentados durante o Governo Bolsonaro. Nada foi feito para impedir e o rombo chegou aos bilhões.
Embora Marinho tente emplacar a desinformação de que ele, quando secretário Especial da Previdência Social (de 2019 a 2020), iniciou ações para combater as fraudes, foi descortinado que, na verdade, a MP 871, sancionada por Bolsonaro com Marinho na Previdência, aumentou de um para três anos o prazo para a revisão dos benefícios. Ou seja, na gestão Marinho, houve uma mudança que contribuiu para as fraudes nos descontos indevidos de aposentados e pensionistas.
Aliás, o conflito de interesses poderá tirar Rogério Marinho da CMPI do INSS. O pedido foi feito pelo deputado Paulo Pimenta. Afinal de contas, pode o ex-secretário Especial da Previdência, que sabia dos roubos, que recebeu dinheiro de um dos presos na operação da PF no caso, participar da comissão como se longe estivesse do escândalo?
Fonte novo notícia