Não é preciso gostar dela. Muito menos ser seu eleitor. Mas é preciso reconhecer: a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP) ditou a pauta dos bastidores da política nos últimos dias. E fez de uma forma pouco imaginável. Ela esteve essa semana num evento político público de um partido de esquerda. E talvez o mais representativo deles: o Partido Comunista do Brasil (PC do B).
Fez os donos do poder se movimentarem. Foi preciso mobilizar os babões e bobocas (analógicos e digitais) para desacreditar a ex-prefeita. Para sugerir uma morte política de Rosalba. A imprensa não falou de outra coisa essa semana e a situação parece ter acusado o golpe.
Se há algo de costura entre Rosalba e a esquerda pouco ou nada se sabe. Se vingará uma possível parceria futura, é algo ainda mais incerto. Certamente, só o tempo trará as respostas.
Com uma trajetória eleitoral invejável (quatro vezes prefeita de Mossoró, governadora e senadora), Rosalba colheu apenas um insucesso nas disputas das quais participou. E mesmo derrotada, saiu das urnas com 59.034 votos, em 2020.
É bem verdade que a Rosa passou muito tempo “sumida”. Apareceu somente agora, mas já deixou o cheiro da preocupação nas narinas de alguns.