A maternidade tem sido uma das maiores preocupações para quem é mulher. Primeiro a sociedade cobra das mulheres que se casem, logo após já vem a pergunta “quando vai ter um filho? Já tá na hora de ter um filho”.
Depois que a mulher se torna mãe, o fardo e as cobranças aumentam. Os famosos “pitacos” começam. Se a mãe trabalha fora ela é taxada como mãe ausente, se ela cuida integralmente dos filhos é vista como uma mulher que não faz nada da vida.
E tantas outras cobranças e questionamentos que a maternidade envolve. A maioria das mulheres assume uma tripla jornada, além de cuidar dos filhos, da casa, também tem que dar conta do trabalho ou até mesmo empreender. Tem aquelas que são mães solos, sem rede de apoio. A maternidade é uma das mais árduas e difíceis tarefas que uma mulher pode enfrentar. E porque não ser considerada como um trabalho?
A Argentina anunciou que o país a partir do dia 1° de agosto deste ano entre em vigor a medida que determina que a maternidade é considerada trabalho. E por esse motivo as mães poderão se aposentar. O país irá ampliar a cobertura da previdência social para as mulheres que dedicam seu tempo cuidando de seus filhos.
Segundo a diretora executiva da Administração Nacional de Seguridade Social (ANSES) Fernanda Raverta, serão contempladas mulheres com 60 anos ou mais, que sejam mães e não tenham os 30 anos de contribuição necessários para ter acesso à aposentadoria convencional.
Essa medida da Argentina poderia muito bem ser adotada em todos os países, já que as mulheres ainda sofrem com a disparidade, tendo que dividir a sobrecarga de tarefas diárias, ter uma renda e ainda ser mãe.