César Santos/Defato.com
No último encontro – de público – entre os dois, o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) chamou o presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim (PSDB), de “meu amigo” e de “meu parceiro de luta”. Lawrence respondeu com os mesmos adjetivos.
Nos bastidores, porém, a realidade é outra. Os dois travam uma luta que já está no campo judicial.
O presidente do Legislativo cobra valores do duodécimo que o Executivo deixou de repassar; e o chefe do Executivo tem dito, sem pedir reservas, que o comandante do Legislativo quer além da conta.
O fato é que a Câmara perdeu mais de R$ 1 milhão/mês e enfrenta dificuldades para pagar as contas. Em ano eleitoral, isso é terrível.
Allyson tem a chave do cofre.
Já Lawrence tem em mãos a decisão de instalar uma comissão para investigar o suposto crime de responsabilidade praticado pelo prefeito no “caso Kadson”, a denúncia de superfaturamento da “Estação Natal” e o destino dos recursos do Finisa que eram para a construção da Arena Deodete Dias, Hospital Psiquiátrico, reforma da Praça Dom João Costa, construção do segundo Portal do Saber, entre outras obras previstas no contrato da Prefeitura com a Caixa Econômica Federal (CEF) e que não foram realizadas.
São casos graves que, naturalmente, o Legislativo tem o dever de investigar, mas não cumpre esse papel porque a bancada governista é maioria. No entanto, com uma posição firme do presidente da Casa, a investigação pode ganhar corpo.
Está nas mãos de Lawrence.
FOTO-ASCOM PREFEITURA DE MOSSORÓ