O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) iniciou neste mês de janeiro a implantação da automação em laboratório para agilidade de seus exames laboratoriais. O processo se dá por meio de automação aplicada para identificação de microrganismos. A adoção de um sistema de automação em um laboratório gera impactos positivos em todas as fases operacionais.
A automação laboratorial corresponde à adoção de tecnologia em diversos segmentos do laboratório com o intuito de tornar os procedimentos mais rápidos e mais confiáveis. Ou seja, por meio do uso da tecnologia, é possível transformar processos que até então eram realizados de forma manual em processos automatizados.
Ao acelerar os resultados microbiológicos, como isolamento e identificação dos principais microrganismos epidemiologicamente relevantes, é possível proporcionar ao médico as escolhas mais apropriadas no uso dos antibióticos.
“Essa medida teve início a partir dessa primeira quinzena de janeiro. A implantação do processo e a liberação dos laudos já começarão a partir desta segunda-feira, dia 16, já com a automação totalmente implantada e a equipe treinada”.
Assim, os pacientes podem reagir mais rápido e ter alta em menos tempo, minimizando sua permanência no hospital e diminuindo a emergência de infecções hospitalares, especialmente por bactérias mais resistentes.
De acordo com o biomédico e coordenador do laboratório do HRTM, Dassayev Anderson Lopes, o processo acelera os exames laboratoriais na área de microbiologia, uma vez que esses tipos de procedimento são mais específicos e demandam mais tempo do que os exames habituais.
“A rotina de exames de microbiologia demora em média, no mínimo, de 3 a 5 dias para serem liberados. Com a automação, esse tempo diminui para cerca de 24 a 48 horas após o paciente entregar essa amostra ao laboratório”, destacou o biomédico. A automação laboratorial permite que o laboratório seja mais produtivo, além de diminuir a possibilidade de erros humanos na manipulação das amostras e consequentemente nos resultados.
“Nós conseguimos, dessa maneira, otimizar a qualidade na assistência ao paciente, uma vez que ele vai tomar a droga mais específica para o seu tratamento, tendo um tempo de recuperação mais rápido, diminuindo os custos com a internação e gastos de antibióticos necessários. Com isso, podemos aumentar também a rotatividade em giros de leitos, principalmente em pacientes que necessitam de leitos críticos, como são os casos das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva)”.
Dassayev Anderson explica ainda que o sistema permite à Comissão de Controle e Infecção Hospitalar (CCIH) rastrear quais são os microrganismos mais prevalentes e traçar o perfil e, com isso, melhorar os protocolos de medicamentos, fluxos de prevenção e infecções, como também reduzir a resistência bacterinana.
Automação em laboratório é pioneira na Região Oeste
A medida é pioneira na Região Oeste do Rio Grande do Norte, destaca o biomédico Dassayev Anderson, ao informar sobre a implantação do método no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Segundo ele, apenas duas unidades hospitalares na Grande Natal contam com esse tipo de automação.
“Aqui no Rio Grande do Norte, apenas duas unidades da região metropolitana de Natal contam com esse tipo de automação. Na Região Oeste, o Tarcísio Maia está sendo o pioneiro nessa implantação desse tipo de equipamento, tanto para identificação de bactérias e de fungos e os seus respectivos resultados antibiograma e fungigrama, que são as drogas indicadas para o tratamento daquele paciente e também a otimização da rotina de hemocultura, que rastreia a infecção de corrente sanguínea”.
Os sistemas automatizados têm sido cada vez mais utilizados na rotina dos exames realizados nos laboratórios de microbiologia clínica, principalmente naqueles que processam um grande volume de amostras diariamente, visto que podem aprimorar o fluxo de trabalho, diminuir o tempo e os custos, além de permitir uma maior precisão na identificação dos microrganismos.
“A automação em microbiologia já vinha se expandindo em outros estados e por experiência no profissional microbiologista do Tarcísio nós montamos um processo de aquisição de locação do equipamento e fornecimento de insumos desses equipamentos de microbiologia justamente para otimizar nossa rotina laboratorial”, frisa.