Atual secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Dr. Luizinho (RJ), e o senador Hiran Gonçalves (RR) têm o apoio da legenda
Integrantes do partido Progressistas (PP) têm cogitado nomes para assumir o Ministério da Saúde em caso de saída da atual titular da pasta, Nísia Trindade, numa eventual reforma ministerial.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não deve fazer mudanças significativas na Esplanada neste momento. Nos bastidores, fala-se apenas em trocas pontuais para atender melhor siglas aliados no Congresso.
Há dúvidas se o Ministério da Saúde seria afetado. A pasta é visada por partidos pelo orçamento grandioso –cerca de R$ 190 bilhões autorizados para 2023– e pela capacidade de liberação de emendas parlamentares que atendam demandas nos redutos eleitorais deles.
como o presidente nacional da sigla, Ciro Nogueira (PI), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL). No entanto, o fato de ele compor um governo mais de direita no Rio é visto como um ponto que pode pesar negativamente para o Planalto.
Lira afirma que não pediu qualquer ministério para Lula. Nos bastidores, uma mudança na Esplanada que contemple o PP é avaliada como um passo importante para aproximar o presidente da Câmara do presidente da República, em termos de facilitar o andamento de matérias de interesse do Planalto na Casa legislativa. Também para consolidar o PP como base do governo.
A intenção da gestão petista atualmente é firmar a base aliada com o União Brasil, o PP e pelo menos 30 dos 99 deputados federais do PL, além dos governistas que já caminham com o governo.
O União Brasil pleiteia emplacar o deputado federal Celso Sabino (União-PA) no lugar de Daniela Carneiro, ministra do Turismo. Ela integra o União, mas pediu para sair do partido. Deputados alegam que ela não representa a maioria da bancada da sigla na Câmara. A troca no Turismo é tida como questão de tempo.
Nesta sexta (16), Lira foi ao encontro de Lula no Palácio da Alvorada, em Brasília. Depois, pelo Twitter, Lira disse que discutiram “as pautas para o crescimento do país, especialmente a reforma tributária e a do Carf [Conselho Administrativo de Recursos Fiscais]”. Ele negou que tenham discutido trocas na Esplanada.
“Tratamos do bom momento da economia brasileira, a intenção de trabalharmos juntos pelo país, e as recentes aprovações de matérias pela Câmara dos Deputados com esse objetivo. Ouvi dele a intenção de reduzir o envio de MPs [medidas provisórias], um anseio do Congresso Nacional. Não se falou de mudanças no ministério do presidente Lula”, completou.