Coluna César Santos – 24 de janeiro de 2023
Em julho de 2019, registramos que uma multidão acompanhou na catedral de Santa Luzia a missa em ação de graças pelos 25 anos de ordenação sacerdotal do padre Flávio Augusto Forte Melo. Fiéis, autoridades políticas, amigos de uma vida toda estiveram presentes na celebração. Reflexo de uma trajetória marcada não apenas pela fé e vocação indiscutíveis, mas pela forma como padre Flávio, vigário-geral da Diocese de Mossoró, conduz a sua relação com as pessoas.
Nascido em Severiano Melo, no dia 9 de maio de 1969, Flávio Augusto nunca teve dúvida de que caminho seguiria na vida: ser padre. Realiza-se no sacerdócio. Graduado em Filosofia, Teologia e História, com mestrado pela Pontifícia Universidade Gregoriana, o religioso também deu a sua parcela de contribuição à Faculdade Católica do Rio Grande do Norte, como vice-diretor.
A sua relação com as pessoas é marcante, mesmo natural. É o seu jeito, desde sempre. Cativante, de forma simples, e preocupado com o bem-estar de todos como missão. A população de Assú, onde ele atuou como pároco da Matriz de São João Batista, o queria como prefeito, reflexo de sua atuação religiosa e humana na comunidade. Talvez, fosse eleito como candidato único em 2016, sem oposição da classe política. Seria um grande gestor, sem restar qualquer dúvida, mas optou por continuar evangelizando e praticando o bem social.
No período mais critico da pandemia da Covid-19, liderou campanha para matar a fome dos mais afetados. Mobilizou toda a comunidade e conseguiu arrecadar toneladas de alimentos que foram distribuídas nas localidades mais humildes. Ele não pediu aplausos para si, mas para as pessoas que fizeram as doações.
Como bem escreveu o professor Francisco Carlos, sou um entre os milhares de entusiastas do trabalho e da devoção do padre Flávio. A forma como ele cuida da Festa de Luzia, preservando e fortalecendo o maior evento religioso do Rio Grande do Norte, é algo que impressiona. Padre Flávio deu nova roupagem à festa, criou novas possibilidades para atrair novos fiéis, como os eventos esportivos e sociais, contemplando segmentos importantes.
Também nos entusiasma a sua dedicação ao projeto de revitalização da Catedral de Santa Luzia. Seus olhos marejaram quando teve que fechar a Catedral por seis meses para a primeira fase das obras em 2022, revelando em lágrimas o amor às funções administrativas e pastorais da Paróquia de Santa Luzia.
Pois bem.
O homem trabalhador, solidário e humano também canta, dança, diverte-se. É feliz. E, a felicidade, em algum momento, incomoda àqueles de coração triste. São minoria, anônimas, que se escondem por trás de uma câmera e/ou nas famigeradas redes sociais para se vingar de suas próprias frustações. Pessoas que precisam de luz.
Padre Flávio é a luz.