Jornal de Fato
O Monitor de Secas, que realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das Secas no Brasil, com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo, mostra que o Rio Grande do Norte registrou um forte aumento da área com seca entre agosto e setembro.
De acordo com o levantamento mais recente, a área com seca foi de 32% para 95% do território potiguar no período. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), responsável pelo monitor, destacou que é a maior área com seca no estado desde novembro de 2023, quando houve seca na totalidade do RN.
Ainda segundo o Monitor de Secas, entre julho e setembro, o Rio Grande do Norte registrou somente seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. Com isso, a severidade do fenômeno se manteve estável no estado.
O órgão explicou que entre julho e setembro, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno somente no Amapá. No sentido oposto, em outras 19 unidades da Federação a seca se intensificou nesse período: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Em outros seis estados o fenômeno ficou estável em termos de severidade nesse período: Ceará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Roraima e Santa Catarina. Somente o Rio Grande do Sul seguiu livre de seca em setembro.
Na comparação entre agosto e setembro, 13 estados registraram o aumento da área com seca: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Já em outras 13 unidades da Federação a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rondônia, Roraima e Tocantins. Por sua vez, somente o Rio Grande do Sul se manteve livre de seca em setembro.
Dezoito unidades da Federação registraram seca em 100% do território em setembro deste ano: Acre, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 50% a 95%.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de setembro, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. No total, entre agosto e setembro, a área com o fenômeno aumentou de 7,61 milhões para 7,96 milhões de km², o equivalente a 93% do território brasileiro. No Rio Grande do Norte, a área total com seca era de pouco mais de 50 mil de km².
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região