“Nós protocolamos em 20 de dezembro ofício com 11 pontos de pauta com reivindicações dos profissionais da educação, senhor prefeito, senhora secretária, e ainda não tivemos uma resposta sequer”. Foi assim que a professora Eliete Vieira, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) iniciou sua fala na solenidade de abertura do ano letivo da rede municipal de ensino, há pouco, no Teatro Municipal Dix-Huit Rosado.
Eliete Vieira citou cada um dos pontos, indo desde a gestão democrática, passando pelo pagamento do reajuste do piso, referências de classe atrasadas, auxilio-deslocamento defasado, até a ausência de estagiários em sala de aula, entre outros.
“Responda aos oficios, marque reuniões prefeito. O diálogo não deve apenas ser dito que existe. Ele precisa existir “, cobrou, corajosamente, Eliete Vieira.
Em sua fala, Hubeônia Alencar, secretária municipal da Educação, recorreu ao discurso de agradecimento ao prefeito, só abrindo mão do retrovisor quando olhava para o gestor, como que buscando saber se estava agradando ao patrão.
“Hoje é um dia importante. Um dia ímpar. Porque ir para a escola é ter a oportunidade de sonhar”, assim o prefeito Allyson Bezerra iniciou sua fala. A frase de efeito era um prenúncio de que o discurso seria longo, político, de encantamento de desavisados.
Mais uma vez, o prefeito fez do púlpito palanque. Do pronunciamento discurso. Da realidade, ilusão.
Lembrou de dívidas deixadas por Rosalba com a educação, mas esqueceu de dizer que ele também está devendo.
Mesmo com a cobrança sobre o pagamento do reajuste do piso, Allyson saiu pela tangente. Prometeu apenas que vai conversar. Na prática, seguirá postergando, empurrando com a barriga. Em bom Português: não vai pagar tão cedo se não for obrigado a isso pela força da pressão dos trabalhadores.
Blog Na Boca da Noite