Revista mossoroense é um guia de produção audiovisual e fotográfica
Você conhece alguém da nova geração de fotógrafos? Sabe onde encontrar as produções audiovisuais de Mossoró? Conhece quem faz produção de cinema, documentários de alta qualidade e muita cultura na nossa cidade?
Esses materiais fotográficas e audiovisuais acabam sendo esquecidas e muitas vezes nem vistas.
Já pensou em ter um guia com várias produções audiovisuais e fotográficas da nossa cidade na palma da mão, gratuita e cheia de cultura? Foi com esse intuito que o jornalista, cineasta e produtor audiovisual Alexandre Fonseca criou a revista “Ispia Só”.
A publicação foi lançada no último sábado (03/07) pelo Instagram do jornalista e traz um vasto conteúdo de informações sobre diversas projetos audiovisuais. Apresentando a nova geração de produtores independentes de cinema, de documentários, de videoclipes e também da fotografia.
A revista está disponível em formato digital: https://issuu.com/afproducoes/docs/revista_ispias_
Entrevista com o autor
Kauany Sousa: Por que você pensou em fazer a revista?
Alexandre: Eu não estava com intenção de produzir uma revista no momento, fui convidado através de um contato que chegou até a minha pessoa e aí a Lei Aldir Blanc liberou esses recursos e não tinham muitas pessoas para produzirem as revistas. E aí eu me envolvi no projeto. Resolvi de cara falar sobre audiovisual e fotografia, porque são dois segmentos que eu estou envolvido, que eu gosto bastante de fomentar e era uma oportunidade também de mostrar os meus documentários e as outras produções das pessoas que eu convivo, que eu sei que já fizeram algo e que sempre precisam de visibilidade.
Kauany Sousa: Você acha que as produções culturais deviam ter mais visibilidade na nossa cidade?
Alexandre: Com certeza. Acredito que falta o apoio de muita gente. Sempre foi muito comum ter grande parte da população consumindo conteúdos nacionais, sejam filmes documentários, novela e aí as coisas estão começando a ser produzidas aqui. Séries, filmes locais, documentários e videoclipes, está mais que na hora da gente receber a visibilidade. Também precisamos do apoio de entidades públicas e de órgãos privados.
Kauany Sousa: O que falta para que essa visibilidade aconteça?
Alexandre: Falta fomento. Eu tive a possibilidade de desenvolver a revista porque foi gerado um recurso, o auxílio emergencial para as pessoas que produzem conteúdos culturais e aí nasceu a possibilidade e eu agarrei. Tem um filme de um amigo meu que ficou dois anos em pós-produção e aí quando a Lei Aldir Blanc chegou, ela possibilitou que ele finalizasse o filme e está prestes a lançar. Então falta fomento, falta fomento dos órgãos públicos das empresas privadas.
Kauany Sousa: Como foi produzido o conteúdo? Teve dificuldade de encontrar personagens?
Alexandre: Eu não tive dificuldade de encontrar personagens, muito pelo contrário, duas ou três pessoas que não quiseram responder, se comprometeram mais no fim das contas não mandaram as respostas e aí eu fui atrás de outras pessoas. É um processo normal na produção. Mas foi toda produzida de forma remota, através de vídeochamadas, de conversas na rede social WhatsApp, no Instagram, no e-mail. E aí eu fui conseguindo obter todos os materiais, as respostas dos entrevistados que, às vezes, mandavam por áudio, texto…
Kauany Sousa: Qual a expectativa para você que além de autor da revista também é produtor audiovisual?
Alexandre: A minha expectativa é que a revista chegue em muitas pessoas, tenha um alcance muito alto. Porque a gente está na internet, a revista foi disponibilizada de forma gratuita, então vamos sonhar que ela chegue em muitos lugares e apresente os nossos produtos. A revista está tendo feedback positivo, as pessoas que leram, adoraram. Mas eu quero que chegue mais longe.