Os bastidores da campanha de reeleição do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) estão em ebulição. O que deveria ser uma aliança sólida, formada por vereadores que compõem a base do prefeito, tornou-se um campo de batalha. A estratégia inicial de trancar 14 vereadores de mandato em um único partido, o União Brasil, foi apelidada de “Chapão da Morte”, e agora a tensão só aumenta com a distribuição desigual dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.
Segundo dados da plataforma DivulgaCan, do TSE, os vereadores do chapão receberam, até agora, migalhas para sustentar suas campanhas, com valores que variam entre R$ 4 mil e R$ 15 mil, destinados apenas para material gráfico. O resultado? Um clima de revolta generalizada entre os parlamentares, que veem a estrutura municipal sendo utilizada em prol de apenas dois privilegiados: Thiago Marques (Solidariedade) e João Marcelo (PSB).
A situação, que já era tensa, se agrava com os relatos de ataques e indiretas entre os dois “queridinhos” do prefeito. A disputa por comissionados e terceirizados está acirrada, e a competição desleal entre Thiago e João é alimentada pela própria cúpula do Palácio, que usa blogs alinhados ao governo para minar a imagem de um em favor do outro.
Os demais vereadores ficam à margem, observando a favoritismo explícito e a deterioração do que deveria ser uma campanha unificada. A falta de recursos e a guerra interna deixam claro que, dentro do grupo de apoio a Allyson, a lealdade é recompensada com descaso e desunião.